terça-feira, 28 de março de 2017



Como fazer resenha de um filme?







As resenhas em geral compõem-se de elementos básicos que caracterizam esse gênero. São eles:

* Contexto \ Expansão do contexto:

São as informações que vão além do filme. Conta sobre outros filmes já feitos pelos atores e diretores, relaciona o filme com outros filmes e aborda a vida pessoal do elenco.

* Informações básicas

Refere-se à parte técnica do filme: nome, duração, elenco, direção, roteiro, gravadora...

* Descrição resumida

É o resumo do filme. É quando o enredo é anunciado ao leitor da resenha.

* Juízos de valor

Os juízos de valor são os posicionamentos expressos pelo resenhista ao longo de seu texto. Podem ser críticas positivas ou negativas, mas que acabam por recomendar, ou não, o filme para o leitor.

* Argumento

O argumento é a justificativa referente ao juízo de valor proferido. Em uma resenha não é suficiente dizer que gosta ou não gosta, é preciso justificar a opinião com argumentos.


Modelo de resenha:
Resenha do filme: Lisbela e o prisioneiro
LISBELA E O PRISIONEIRO é uma comédia romântica e conta a história divertida do malandro, aventureiro e conquistador Leléu (Selton Mello, de A Invenção do Brasil, O Auto da Compadecida, Lavoura Arcaica), e da mocinha sonhadora Lisbela (Débora Falabella, de O Clone, Dois Perdidos em uma Noite Suja), que adora ver filmes americanos e sonha com os heróis do cinema.

Lisbela está noiva e de casamento marcado, quando Leléu chega à cidade. O casal se encanta e passa a viver uma história cheia de personagens tirados do cenário nordestino: Inaura, uma mulher casada e sedutora (Virginia Cavendish, de O Cravo e a Rosa, Dona Flor e seus Dois Maridos) que tenta atrair o herói; um marido valentão e "matador", Frederico Evandro (Marco Nanini, de Carlota Joaquina - Princesa do Brasil, O Auto da Compadecida); um pai severo e chefe de polícia, Tenente Guedes (André Mattos, de Como Nascem os Anjos); um pernambucano com sotaque carioca, Douglas (Bruno Garcia, de Os Maias, O Quinto dos Infernos), visto sob o prisma do humor regional; e um "cabo de destacamento", Cabo Citonho (Tadeu Mello, de Xuxa e os Duendes, O Cupido Trapalhão), que é suficientemente astuto para satisfazer os seus apetites.
Lisbela e Leléu vão sofrer pressões da família, do meio social e também com as suas próprias dúvidas e hesitações. Mas, em uma reviravolta final, cheia de bravura e humor, eles seguem seus destinos. Como a própria Lisbela diz, a graça não é saber o que acontece. É saber como acontece. Quando acontece.
Apesar da história se passar no nordeste brasileiro, os dramas destas personagens, suas aflições e sonhos são universais. Não se trata, portanto, de um filme regionalista, embora se utilize com inteligência dos recursos interessantes que uma história nordestina pode trazer, como o colorido das paisagens, o sotaque alegre e algumas tradições regionais.
Mesmo as personagens mais caricatas, como o Cabo Citonho, vivido por Tadeu Mello, funcionam com todos os seus trejeitos sem forçar a barra para ser engraçado. De modo geral, a escolha do elenco foi muito acertada: Selton Mello tem a mistura certa da doçura com a malandragem. Débora Falabella está perfeita no papel, com alegria, pureza e beleza transbordantes. Bruno Garcia sempre uma carta na manga do diretor, do popular ao irritante num pulo. Virginia Cavendish, uma das mentoras do projeto, linda, sensual e provocante, bem diferente da sua personagem boa moça de "O Auto da Compadecida". André Mattos já provou ser mais do que carismático e Marco Nanini fecha tudo com chave de ouro. Seu vilão cruel de olhos vermelhos e cabelos crespos dá o equilíbrio que a história exige, sem se tornar pesada demais.
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