quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Livro: Cartas para Anne Frank

   










Cartas para Anne Frank





















Estas cartas foram escritas para Anne Frank pelos meus alunos da 8ª série B, motivados por terem assistido ao filme “Escritores da liberdade” e por terem lido o livro “O diário de Anne Frank”
Escola Lasar Segall
Ano: 2014

Todas as vezes que tento escrever um prefácio para este livro, fico emocionada demais, então, prefiro que o leiam e que possam sentir como nossa juventude não está perdida, são jovens sensíveis, lindos demais por dentro, a quem eu desejo um futuro cheio de sucesso e de muito amor.

                       Sinceramente,

                                   Professora  Cida







São Paulo, 13 de agosto de 2014.

    Querida Anne,

   Eu sou uma grande admiradora sua e da sua família. Sobreviver por mais de dois anos em um esconderijo, não sei se seria capaz de aguentar tal fato.  Acredito que vocês tinham muita fé para suportar tudo que estava acontecendo no momento.
    A parte na qual eu mais me diverti foi logo após de você fazer 14 anos, quando ganhou de presente uma caixa de chocolate. Quando você conta sobre acharem que o lugar tinha sido invadido, meu coração disparou de tal forma, achando que tudo iria pelos ares, mas não aconteceu nada, era só um alarme falso. Teve muitos momentos em que, lendo tudo que você escreveu, me dava um aperto no coração. Como, por exemplo, quando vocês estão indo para o anexo, fiquei angustiada por demais, ou   mesmo o dia em que vocês são capturados, ai, meu Deus, como eu sofri.
    Posso lhe contar uma coisa? Você e o Peter,  como vocês eram bonitinhos juntos! Apoiei cada momento de vocês.
    Logo após terminar de ler o seu diário,  além ficar angustiada por ver o quanto vocês sofreram, me senti uma ingrata por não dar valor a tudo que eu tenho... Vocês eram obrigados a comerem batatas e outros poucos legumes, vocês não podiam sair de casa, nem ao menos podiam olhar pela janela durante o dia, não tinham absolutamente nada para fazer, imagino o quão entediante isso deveria ser.
    Nesse mês de agosto, faz exatamente 70 anos que vocês foram capturados, se eu não me engano, você estaria com 85 anos, se não fossem aqueles malditos nazistas. Sinto muito em dizer isso, imagino o quão horripilante deve ser lembrar-me daqueles momentos de sufoco ou saber que você poderia estar viva.
    Talvez você nunca leia essa carta, mas saiba que eu te admiro muito e que você é uma grande pessoa. Saiba que, com o seu livro, eu me tornei uma pessoa mais paciente, antes eu achava que tudo teria que acontecer no meu tempo, mas agora eu descobri que esperar às vezes é a melhor saída que podemos encontrar e o que tiver que ser, será. 
    Sabe, hoje, o mundo mudou muito, a tecnologia está muito avançada, muitos não conseguem ficar sem ela, mas você se contentava com tão pouco e era feliz, mesmo passando por momentos difíceis. Hoje em dia, estamos enfrentando muitos problemas, falta d’água, corrupção, guerra, entre outros, mas, quando eu vejo isso eu me lembro de imediato de você. Por quê? Você conseguiu enfrentar a tudo isso, e, se você conseguiu, por que eu não posso conseguir? 
    Ah, aconteceu tanta coisa durante todos esses anos, se eu pudesse,  atualizava-a sobre tudo, mas assim, eu acho que a carta ficaria muito longa.
    Acho que vou me despedindo por aqui. Saiba que essa é umas das primeiras cartas que escrevo a você, primeira de muitas. Saiba você que é uma grande referência a muitas pessoas, inclusive a mim.
    Muito obrigada por abrir meus olhos e perceber o quão tola eu sou por não dar valor às pequenas coisas que eu tenho.
    Um grande beijo de admiração a todos vocês que conseguiram viver escondidos com esperanças de que tudo daria certo.
    Beijos e abraços,

                                                Laura










São Paulo, 13 de Agosto de 2014.

Querida  Anne M. Frank,

                Meu nome é Marisol Zamboni Schroeder, e somos amigas em outra dimensão. Nós temos a mesma idade, apesar de termos nascido em anos muitos diferentes.
                Talvez eu não consiga imaginar como as coisas andam difíceis por aí no anexo. Mas te peço, por favor, tenha mais paciência com sua mãe, um dia ela deixara a Terra, mas nunca deixara de ser sua mãe. Não imagino como deve ser passar todos os minutos do dia trancada num lugar, convivendo sempre com as mesmas pessoas, mas você é especial, um dia tudo isso que você esta passando vai valer a pena. Acredite, eu sei!
               Seus sonhos se irão se realizar, de um jeito ou de outro, afinal, Deus escreve certo em linhas tortas. Ah, Anne, tenho tantas coisas para lhe falar, quem sabe um dia não nos encontremos por aí? Não quero que fique brava comigo por ter te pedido paciência, deve ser difícil,  eu sei, mas nunca se esqueça ''Honrar o pai e a mãe'' o primeiro mandamento de Deus. Admiro tanto você, admiro sua inteligência, o jeito como lida com as situações, adoro quando você ''sem querer'' fala algo que não deveria, a sua forma como conversa comigo. Fico tão feliz de receber suas cartas, sempre tão sinceras e admiráveis. Você é forte Anne, você não tem ideia de que tudo que esta fazendo agora, um dia, no futuro, será uma das coisas mais importantes, não é mesmo?'' Há males que vêm para o bem.''
                 Prepare-se, Anne, sua historia está longe de ter um fim, acredite: você irá atravessar gerações. Estará sempre nos corações mais verdadeiros, você irá renascer sempre que alguém, pensar, ouvir, ler ou imaginar sobre você. Anne Frank jamais irá morrer, você não será esquecida, e eu sempre estarei admirando-a. Não tenha medo, vá até o fim. Peço-lhe: Seja feliz, encontre a felicidade nas coisas tristes. A vida é curta, mas não impossível.
                 Agora você deve estar se perguntando ''Quem é essa louca?''. Bom, eu sou  Kitty, sua melhor amiga. Eu sou  Marisol, sua amiga do futuro.

                       Obrigada!

                               Sua Marisol    (pseudônimo: Kitty)






























São Paulo, 13 de agosto de 2014.

Olá, Anne,
   
     Eu sei que nós não nos conhecemos, mas, lendo seu diário, eu fiquei fascinado por sua história, pelo modo como ficaram escondidos ali por anos, como se ajudaram a manter a esperança de que iriam escapar ilesos de lá. Nossa professora de Língua Portuguesa ("nossa”, pois outras cartas vão chegar para a senhora) nos pediu para mencionarmos um único fato de seu diário que nos tocou, coisa que, para mim, é  muito difícil, já que na minha opinião, o livro inteiro é tocante, existem as partes com humor, mas que acontecem no nosso dia-a-dia.
     Não há uma parte dentro do diário que eu possa marcar, mas posso dizer que o livro inteiro é tocante, achei-o muito interessante do começo ao fim. Mostra a visão de uma pessoa que estava vivendo a guerra, correndo risco de ser pego e virar um escravo, ou pior, morrer sufocado e outras coisas que não vou mencionar para esticar mais a carta.
    Agradeço por ter escrito seu diário!                                                                                                                                                                                                                   Um grande abraço,
                                                                                                                                                                            Arthur Virgílio Barcelos 












São Paulo, 13 de agosto de 2014.

Querida Anne!

Bom, primeiramente, eu queria dizer que adorei saber um pouco sobre sua história e que eu acho você uma pessoa fantástica.
Mas agora eu queria falar com você sobre o jeito que trata sua mãe.
Isso me deixa com pena dela. Porque você sempre brigava com ela, e a tratava mal, por mais carinhosa que ela fosse com você ou tentasse lhe fazer um agrado, você sempre dava patadas nela, era grossa e fria, não tinha muito medo de magoá-la. Você acha que ela não gosta muito de você ou coisa assim, e que era sempre seu pai que a defendia, que a ajudava ou dava conselhos e ela não. Por isso que você tinha tanta raiva dela assim?
Eu acho isso errado, por mais chata que ela fosse, e por mais que vocês brigassem, ela ainda continua sendo sua mãe e amando-a do mesmo jeito.
Então, eu acho que deveria dar uma chance a ela. Seja menos fria e grossa, seja mais carinhosa e lhe dê mais atenção quando ela vier falar com você.
Espero que goste, e siga meus conselhos. Porque aí você vai ver que ela não é a bruxa que você pensa!

Natalia Fermoselles









São Paulo, 13 de agosto de 2014.

Querida Anne,

A parte que mais me comoveu foi quando você foi capturada e levada para o campo de concentração.
Tudo o que você passou e viveu, você teve muita coragem e não se rendeu, mesmo depois de tanta tortura e agressões dos nazistas.
 Você é um exemplo de coragem para todos.

                        Sinceramente,

                                          Leonardo 






















São Paulo, 13 de agosto de 2014

Querida Anne,
 

Todos os dias que você passou no Anexo Secreto foram chocantes para mim. Poder saber de perto como era a vida de alguns judeus durante a Segunda Guerra Mundial, por mais doloroso que seja, foi emocionante. O que mais me tocou, foi o dia em que a Guerra começou e você teve de se esconder. Ver uma menina da minha idade, perdendo sua liberdade e perdendo a chance de realizar seus sonhos, me destruiu um pouco. Mas eu gostava da forma como você via o futuro, como você focava em realizar seus sonhos como se nada e nem ninguém pudesse impedi-la.
 Ah, Anne, se todos pensassem como você, o mundo seria tão diferente. Um mundo cheio de amor e inocência e mais algumas coisas...  
E, por mais solitário que fosse, você tinha Peter, certo? Não importa o quanto nos decepcionamos, ter a chance de amar alguém já é maravilhoso, afinal, o amor move montanhas, não é mesmo?
Ah, Anne, eu espero que alguma vez, nem que seja por um segundo, você tenha sido ou se sentido feliz, amada, desejada. Espero que você tenha conseguido realizar algum de seus sonhos, para que todo esse esforço tenha valido mais a pena.
 

                                            Com amor,

                                                       Nayra F. S. Pires



São Paulo, dia 13 de agosto 2014.

Querida Anne,

Admiro muito sua história, sei que sofreu muito, mas sempre confiante.
Sei que essa guerra atrapalhou muito sua vida, enquanto estava no esconderijo, muitas coisas aconteceram.
Gostei da parte que começou a gostar do Peter. Muito interessante o modo como você retrata suas emoções.Gostei da sua firmeza, quando pediu para o dentista, que estava com vocês, para usar a mesinha de escrever e ele não a deixou usar e você teve que falar com seu pai.
Acho errado o modo como a senhorita Van Daan a tratava, sempre criticando e falando mal você.
Deve ser mais amigável com sua mãe e obedeça-lhe mais, pois, mesmo com seus defeitos, ela é a sua mãe... mas eu te entendo pois ninguém é perfeito .
Aqui no Brasil está tudo bem, a guerra não nos afetou muito... Mande lembranças a sua irmã, diga que estou com saudades  e de sua mãe , diga a seu pai que estamos muito felizes em saber que estão bem!
Até a próxima e cuide-se,

                                   de seu melhor amigo

                                                      Manoel Francisco









São Paulo, 13 agosto de 2014.

 Querida Anne Frank,

  Sou Fernanda, uma entre milhares de leitoras de seu diário, como é receber tantas cartas? Você sempre gostou de famosos, das estrelas de cinema.
    Creio que deva ser chato ler todas as cartas com quase os mesmos conteúdos, não deve ser muito legal lembrar-se do passado.
    Naquela época, mesmo com a guerra, você não só lidou com isso mas também com toda a tristeza. Uma depressão na guerra.                 Fico admirado em notar como sobreviveu a essa dor, além de todas aquelas proibições para os judeus, você era uma adolescente.
    Esconder-se do mundo por ser quem você é de verdade, não me parece justo, aliás, a palavra justo só figura nos dicionários mesmo.
 
    Muitas vezes me pergunto como seria, se, a partir de um momento, a história mudasse, mas para melhor. Sim, a Segunda Guerra Mundial foi um momento, um acontecimento histórico que mudou a humanidade. Mas, e se não tivesse sido Hitler? Ou se ele tivesse morrido antes? Ou se todos tivessem conhecido Schindler? Alemão que salvou milhares de judeus, comprando-os para sobreviverem e que, no final, conseguiu. São tantas perguntas que acabo me atropelando.
    Imagino que esse período foi muito infeliz, mas você, Anne Frank, demonstrou que, por mais triste que seja, embora o mundo lhe desse  mil motivos para desistir, você acreditou, manteve uma fé inexplicável. E conseguiu. Esse é o ponto final feliz da história. Quando as coisas melhoram, quando o sonho se concretiza. Tudo o que você mais queria para seu povo conseguiu. E são coisas assim que fazem acreditar que o impossível é alcançável, que o raio de esperança existe.
 
    Não importa a idade que tinha, quando passou por tudo isso, mas a dor e sofrimento a amadureceu e é a jovem mais brilhante a quem eu gostaria de ter conhecido.
    Obrigada por nos contar essa história com olhar mais inocente.
    “Numa guerra,  a  esperança  é  a  última  que  morre”,  não  me lembro se foi você quem disse ou se li em qualquer   outro  lugar, mas agora eu sei que essa frase é verdadeira.
 
                                   
                            Com amor,

                                             Fernanda

























São Paulo, 13.08.2014

  Querida Anne Frank,

Em primeiro lugar, quero dizer a você o quanto é inteligente, por escrever tudo que está acontecendo no seu diário.
 Não sei como é viver da forma que você está vivendo.
 Eu imagino várias vezes na minha mente o quanto é ruim, e desgostoso ver e ouvir tudo que se passa por trás das paredes. As pessoas realmente não sabem a pessoa maravilhosa que é. Mas não é algo com que você deva se preocupar.
Mas, me diga, como você está?
Não deve ser fácil morar com toda essa gente num lugar tão apertado. Por um lado, tenho certeza que deve ser bem engraçado. Mas sei também que eles não são seus preferidos.
Ouvi dizer que os nazistas acharam vocês. Mas eu não quero acreditar. Não quero pensar no pior. Eu fiquei tão mal, quando ouvi isso, que não sei mais no que devo pensar. Às vezes, todos nós tentamos ver o outro lado: O lado melhor. Mas é tão injusto. Como isso tudo pode estar acontecendo? Todos eles são uns crápulas sem coração. Imagino quanta raiva você deva estar sentindo. Você sempre contando cada dia da sua vida, como é difícil, fugir sem ter cometido crime algum. 
Mas não pense que foi em vão, Anne. Eles não te conhecem. E por mais que tudo isso que ouvi seja verdade, o mundo pra sempre  se lembrará de você.

                                        Com amor,  
                                                    Nayra Oliveira






São Paulo, 13 de Agosto de 2014.

Querida Anne Frank

Como vão as coisas aí no anexo?  O casamento saí quando?
 Não me leve a mal, eu só estava brincando. Mas, bom, talvez nem tanto, você não havia dito sobre um possível casamento aí no anexo? Pois é, queria, quero saber tudo nos mínimos detalhes.
Eu, como a maioria dos meus amigos, não achamos nada de entediante no seu livro, muito pelo contrário. Ele retratou exatamente tudo pelo eu estamos passando no momento, com exceção da guerra, que eu espero não saber como é.
Anne, você sabe exatamente como é se sentir insegura e incapaz, eu me recordo de uma vez em que você estava no sótão sozinha, pensando no rumo que a sua vida havia tomado. Eu me lembro que você escreveu algo mais ou menos assim “dar valor a vida não é compará-la com a dos outros como mamãe diz, dar valor a vida é você olhar pela janela, ver o quão bela é a natureza, olhar para todo aquele horizonte e enxergar esperança, pois ela estará sempre lá”.
Depois desse dia, eu posso dizer que eu me tornei outra pessoa. Antigamente eu sentia-me muito insegura e incapaz de acreditar em mim mesma. Agora, para mim, basta olhar pela janela e ver que eu não sou incapaz, ver que eu tenho esperanças.
 Do fundo do meu coração, eu gostaria de lhe agradecer por isso, gostaria de lhe agradecer por me dar esperanças.

           Sua cara admiradora,
                          ( e mais nova amiga)

                                         Ana Carolina B. Freire

PS Não se sinta triste por Margot, você não tem culpa de nada. 



 São Paulo, 13 de agosto de 2014.

 Querida Annie,
        
        Todos os dias, lendo o seu diário, tocava-me saber todos os seus medos e alegrias no Anexo Secreto. Eu conseguia entender o que você sentia ao escrever aquilo, como também espero que você consiga entender o que eu sinto.
        Primeiramente não consegui acreditar que você e o Peter namoraram! (eu não sei se vocês continuam namorando).
       Fiquei chocada, mas desejo felicidades aos dois!
       Eu amava quando você falava da Sra. Van Dan, ria muito. Ela era muito chata. Seu pai, um amor de pessoa, muito parecido com meu pai também. Sua mãe... bem, é a sua mãe rígida,mas amorosa.Seus desentendimentos com ela eram muito parecidos com os que eu tenho com minha mãe.Você é muito parecida comigo!Queriam que você fosse algo que você não é!
       O restante da família,  espero que estejam bem!
       Viver no anexo não devia ser fácil, mas você conseguiu!
       Senti-me muito tocada, quando seu pai ficou doente. Seu medo de perdê-lo e, o pior é que não podia chamar ninguém para ajudar. Sinto a mesma coisa, porque eu amo a minha família e não quero que nada de ruim aconteça com ela!
       Amava saber da guerra, o que faziam para sobreviver naquele lugar...
       Bom, vou me despedindo, mas feliz em saber que tudo esta bem!
                      Felicidades

                                       Sua Rebeca
       PS: Amei o nosso encontro. Parabéns pelo tetra,se bem que só assistia aos jogos pelos bonitões, principalmente Oscar e David Luiz da Seleção Brasileira. Israel passa por momentos difíceis... Vamos orar pela PAZ!
       Agora tchau!Um beijo!